quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

2ª Resenha de Marília Pires

O Teatro Grego
O teatro que surgiu na Grécia Antiga era diferente do atual. Os gregos assistiam às peças gratuitamente (,) mas não podiam frequentar (freqüentar) o teatro quando quisessem. Ir ao teatro era um compromisso social das pessoas. Os festivais de teatro tinham grande importância. Dedicados às tragédias ou às comédias, eles eram financiados pelos cidadãos ricos sendo que o governo pagava aos mais pobres para que estes pudessem comparecer às apresentações. Os festivais dedicados à tragédia ocorriam em teatros de pedra, ao ar livre (esses teatros eram enormes e circulares e o conjunto de atores – chamado de coro – se apresentava em seu centro), onde se escolhia o melhor autor pois embora alguns atores fizessem sucesso, os grandes ídolos do teatro eram os autores. As apresentações duravam vários dias e começavam com uma procissão em homenagem ao deus Dionísio (os “Ditirambos”), considerado protetor do teatro. A plateia (platéia) acompanhava as peças o dia todo e reagia com intensidade às encenações. No palco, os actores usavam sapatos de sola alta, roupas acolchoadas e máscaras feitas de panos engomados e pintados, decoradas com perucas e capazes de amplificar as vozes.A Tragédia e a comédia eram os principais géneros (gêneros) de representação teatral da Grécia Antiga.

Fonte:
http://www.historia8.blogspot.com/2005/12/origem-do-teatro.html

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

2ª Resenha de Diego Miranda

O teatro do absurdo de Beckett

O teatro do absurdo é um “estilo” de peça, podem ser descritas como surreais (O Teatro do Absurdo nasceu do Surrealismo, na segunda metade do século XX, na França, sob forte influência do drama existencial. O Teatro do Absurdo não foi uma escola, não havia uma filosofia coerente que os unificasse, esse nome foi inventado pelo crítico norte americano Martin Esslin, que tentou agrupar as peças de dramaturgos com características diferentes, mas com um ponto em comum, a maneira absurda de abordar os temas em suas obras. Os principais representantes do Teatro do Absurdo foram Samuel Beckett, Eugene Ionesco e Adamov.) também, pois são peças (Como foi falado antes por você.), histórias e livros que são simplesmente absurdas (Às vezes você se impressiona com a capacidade de algumas pessoas de descobrirem o óbvio.), quem me conhece sabe que eu adoro surrealismo, (Mas como 99% da população brasileira não conhece, fale mais de você, por favor.) tanto na pintura como na literatura e fotografia. Bem, o único problema em chamar esse estilo de “teatro do absurdo” é que você tem que deixar alguns escritores de lado, que poderiam entrar na lista. Como o Franz Kafka. Mas já que estou falando do Beckett vou deixar “teatro” mesmo.
O livro mais conhecido do escritor irlandês (que morou na França por muito tempo) é “Esperando Godot” (En attendant Godot). É uma peça com apenas dois atos sobre dois homens que esperam Godot, eles são o Vladimir e Estragon. A parte estranha, engraçada e trágica é que Godot nunca chega, e você, no final da peça, entende claramente que ele nunca chegará!
Na peça aparece também mais dois personagens importantes, o Pozzo e Lucky. Lucky é um escravo de Pozzo, ele está numa colera (Colera? Seria um neologismo ou um erro de digitação da palavra coleira?) e é mandado, mas não é um cachorro mesmo, é um homem, e por mais que ele seja o escravo, ele é mais inteligente que o Pozzo, pois pensava. Pozzo falava para o Lucky pensar, por que ele achava isso engraçado.
Pozzo e Lucky apenas passam por onde Vladimir e Estragon estavam esperando Godot. Porém, no outro dia Pozzo volta cego, e não se lembra de tê-los conhecido.
O livro pode ser engraçado (O Teatro do Absurdo usava bastante da ironia para transmitir sua mensagem), pois as falas são totalmente sem sentido às vezes, ou pode ser trágico, (Ele pode ser engraçado ou pode ser trágico? Como assim? Ou ele é uma coisa, ou outra, no máximo poderia haver momentos engraçados e momentos trágicos, mas nunca poder ser uma coisa ou outra.) como é chamado às vezes “a tragicomédia em dois atos”. A razão dele ser (de ele ser) trágico, e eu o achei quando terminei de ler, é que ele da uma sensação de desesperança e confusão, ele toca os mais profundos sentimentos de uma forma simples. (Caso você não saiba, a falta de esperança é um dos temas mais abordados no Teatro do Absurdo. Criticar a falta de criatividade do homem e mostrar que ele sempre condiciona sua vida aquilo que julga ser mais fácil, tendo assim, uma vida medíocre, ou seja, sem muita esperança de futuro.) Quem ler “Esperando Godot” e não entender isso, não entender a sua profundidade através de seus diálogos estranhos, não entendeu a peça.
“Vladimir: Depuis quand ?
Pozzo: [soundain furieux] Vous n’avez pas fini de m`empoisonner avec vos histoires de temps? C’est insensé! Quand! Quand! Un jour, ça ne vous suffir pas, un jour pareil aux autres il est devenu muet, un jour je suis devenu aveugle, un jour nous deviendrons sourds, un jour sommes nés, un jour nous mourrons, le même jour, le même instant, ça ne vous suffit pas? [plus posément.] Elles accouchent à cheval sur une tombe, le jour brille un instant, puis c’est la nuit à nouveau. [Il tire sur la corde.] En avant!”
-Tradução (feita por mim, portanto, não está maravilhosa rs):
(Hã? Não escreve bem e ainda se desvaloriza diante dos leitores?)
Vladimir: Desde quando?
Pozzo: [de repente furioso] Você não terminou de atormentar com essas suas histórias de tempo? É abominavel! (Abominável, né?) Quando! Quando! Um dia, isso não é o bastante pra você, um dia ele virou bobo, um dia eu fiquei cego, um dia nós ficaremos surdos, um dia nós nascemos, um dia morreremos, o mesmo dia, o mesmo segundo, isso não é o bastante pra você? [mais calmo]. Elas dão a luz montadas numa cova, a luz reluz um instante, depois é noite mais uma vez. [ele balança a corda] Pra frente!
Essas duas partes que estão em negrito são muito boas para mim, são no final do livro. No final há vários diálogos interessantes, normalmente do Vladimir, que parece ser o mais sensato (pelo menos entre ele e o Estragon).
No começo eles falam que vão se matar numa árvore, e ficam falando coisas sem sentido sobre como ela não vai agüentar (Agüentar?) o peso (Aqui seria uma vírgula) etc…Eles resolvem não se matar, pois talvez o Godot venha esse dia. No final do livro eles resolvem partir, mas um deles diz “E se o Godot vir amanhã?” e o outro reponde “Nós seremos salvos”. Eles resolvem partir, só que não se movem, só falam “vamos…” e depois [eles não se movem].
A peça “fala” sutilmente sobre a nossa condição humana, esperando sempre por um Godot que não existe ou que nunca chega. Sobre a nossa desesperança. (Denovo? Você já falou isso mais acima.) A peça é sobre cada um de nós. Quem é Godot? O que é Godot? Ele existe? Seria Deus? Seria a liberdade? Um objetivo humano inalcançável? Seria a certeza de nossa existência? (Pois a peça é existencialista).Samuel Beckett disse: Se eu soubesse, eu teria dito na peça.
O que nos leva a crer que não é o Godot em si que é importante, mas sim a sua espera. (Mais uma vez, descobrindo o óbvio!)
Esse livro é muito bom, li no começo desse ano, em fevereiro, mas sempre quis escrever algo sobre ele aqui, para que mais pessoas o leiam. (Essa é a lógica, se você escreve algo na internet é para que as pessoas leiam.) Foi um dos melhores livros que eu já li. Vale muito a pena.


Fragmento do texto encontrado na página:

http://letrasdespidas.wordpress.com/2007/09/05/o-teatro-absurdo-do-beckett/

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O teatro Indiano ( Janaina Rodrigues )

Segundo lendas hindus Vishnu reencarnou na terra pela sexta vez na forma de Parasurama, para proteger a supremacia espiritual e social da casta dos Brâmanes. Após inúmeras guerras, ele finalmente resolveu abandonar sua trajetória sangrenta e, em forma simbólica, lançou seu machado ao mar. Com o golpe, a arma caiu no sul da índia e sua violência fez emergir uma faixa de terra a qual Parasurama chamou de Malabar. Para povoar essa terra sagrada, foram levadas famílias de Brâmanes que formaram uma sociedade extremamente religiosa e ritualística. Hoje em dia Malabar é chamada de Kerala (a terra dos templos).
O intenso comércio de especiarias e o ouro negro atraiam viajantes de todo o mundo, misturando assim diferentes culturas à forte religiosidade do lugar e o gosto por grandes rituais com a constante presença de elementos dramáticos, fazendo surgir assim a mais rica forma teatral da Índia : O teatro Kathakali.
É o estilo de dança - teatral mais popular da Índia, exclusivo para homens. Existe há pelo menos 400 anos
Cada personagem tem uma roupa e maquiagem específica. Ambos são altamente elaborados. O ator leva três horas e meia só pra se maquiar e duas horas para se vestir antes de cada apresentação.
No kathakali temos então o Ator-bailarino e ainda com características de guerreiro. Devido a influencia religiosa, ator do kathakali é também um ator-sacerdote e, por isso, deve ser capaz de responder cada aspecto da sua vida num equilíbrio constante de sua arte que é sempre regida harmoniosamente pelos elementos.
Em nenhuma outra forma teatral do mundo pode-se encontrar tamanha complexidade e precisão na formação técnica do ator quanto no Kathakali.

Kelly Cristina Oliveira Pinheiro da Silva (2 trabalhos)

Kelly Cristina Oliveira Pinheiro da Silva
Publicidade e Propaganda- 1º Período

Teatro Moderno
Última atualização: 14/07/2007 01:44:09


Como já foi citado anteriormente, o Modernismo abalou as estruturas dos dramaturgos românticos e realistas. No Brasil, a Semana de Arte Moderna (1922) foi duramente criticada por grandes nomes da arte Realista como Machado de Assis e Monteiro Lobato. Machado chegou a afirmar que os modernistas eram formados por uma “paulicéia desvairada”. Já Lobato pôde rever seus conceitos para ingressar posteriormente para o quadro de autores modernistas. Alfred Jarry (1873 – 1907), autor do clássico Ubu Rei foi um dos principais críticos da estética dramática tradicional que romperam com o Realismo, propondo uma revolução artística. Houve muita discussão em torno das concepções modernistas, que visavam estender a arte para toda a sociedade, rejeitando a arte elitista, pois, para os modernistas, a arte era o componente orgânico de coesão social, que despertava interesse no ser humano, promovendo educação e divulgando a cultura de um país. Como a cultura é a representação dos hábitos e costumes de toda a sociedade, nada mais natural do que compartilhar as conseqüências benéficas da arte com todas as pessoas dentro do estado, indiferentemente de classes sociais. Com ideais inovadores, os textos Modernos buscaram dar mais veracidade às situações, viabilizando o contato maior com o público, principalmente por causa da verossimilhança das ações dos personagens em relação à sociedade. Não havia mais uma personificação da perfeição trabalhada no realismo, tampouco a visão romanceada dos personagens e sim a deflagração do homem imperfeito, ambíguo, com defeitos e qualidades diversas. Dessa busca incessante pela compreensão dos sentimentos humanos, nasceu o Surrealismo, o Dadaísmo e o Abstracionismo, que culminaram nas maneiras subjetivas de representarem o homem e seu mundo, os pensamentos e as “coisas” inanimadas que cercam os seres humanos, afrontando a razão e colocando-a subordinada à emoção. Foi no fim da década de vinte que começaram a surgir peças teatrais modernas no Brasil, com peças de Oswald de Andrade e Álvaro Moreyra. Porém, foi com Nelson Rodrigues que o modernismo fincou forte suas raízes na dramaturgia brasileira. Apesar da Semana de Arte Moderna ter sido arquitetada sobre o palco do Teatro Municipal de São Paulo, o teatro brasileiro não havia ainda explorado decentemente o gênero, de forma que, ao público, eram apresentados espetáculos cujos temas desgastavam-se cada vez mais com o passar dos anos. Nelson Rodrigues, em sua excepcional obra Vestido de Noiva, utilizou-se de nova linguagem, abolindo a narrativa realista, cuja estética era de textos com começo, meio e fim, para contar a história de maneira entrecortada e difusa, onde aos poucos é que o espectador vai compreendendo o contexto. Assim, o autor concatena, em três momentos diferentes, três formas de abordagem distintas, que, primeiramente apresenta à fantasia da personagem, para depois mostrar o que aconteceu em seu passado e finalmente o que acontece em seu presente, num contexto todo fragmentado com passagens que falam por si próprias – uma jóia da literatura e dramaturgia nacional! Apesar do modernismo antagonizar com o naturalismo, tem quem pense que foi nesse gênero que Nelson Rodrigues foi buscar os detalhes que chocam tanto os que assistem suas peças. Vestido de Noiva é uma obra prima pois, apesar de ser uma obra moderna, possui, em momentos destacados, fortes características expressionistas e realistas. Um outro autor modernista que utilizou-se de expressões extremadas em seus textos, abordando um cotidiano insano, com uma forte crítica à sociedade brasileira, foi o célebre Plínio Marcos, autor de, entre outros clássicos, Dois Perdidos Numa Noite Suja, peça que, em dois atos, aponta os problemas sociais latentes em São Paulo, contando a história de dois homens muito pobres que trabalham e moram juntos, que convivem na base da disputa de status, o que culmina na briga dos dois e na morte de um deles. Assim como Nelson Rodrigues, Plínio Marcos foi buscar no Naturalismo seu contexto chocante, sua visão pessimista a respeito do que assunta em suas peças teatrais, o que muitos condenam, erroneamente como “mau gosto”. Nelson Rodrigues foi duramente criticado por apresentar temas proibidos e imorais, por quebrar tabus e abordar assuntos como sexualidade, lenocínio, adultério, etc., mas o que se passa nas entrelinhas de peças teatrais como Engraçadinha e Bonitinha, Mas Ordinária, é um grito em favor da moralidade, uma deflagração da imoralidade humana em prol da conscientização da sociedade. O Teatro Moderno ganha importância nesse aspecto, por expor assuntos polêmicos de maneira aberta, profunda, democrática e com a riqueza de detalhes que permitem o espectador criticar, debater, pensar nas próprias atitudes e posicionar-se diante daquilo que participa e vê. BIBLIOGRAFIA BRECHT, BERTOLD, Estudos Sobre Teatro. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978 CIVITA, VICTOR, Teatro Vivo, Introdução e História. – São Paulo: Abril Cultural, 1976 MIRALLES, ALBERTO, Novos Rumos de Teatro. – Rio de Janeiro: Salvat Editora, 1979 SCHMIDT, MARIO, Nova História Crítica, Moderna e Contemporânea. – São Paulo: Editora Nova Geração, 1996

RESUMO


A arte moderna causou um impacto enorme na sociedade e foi duramente criticada por artistas Realistas/Naturalistas e Românticos. Essa revolução
pôde ser percebida primeiramente na literatura.
A proposta da arte Moderna era expandir o acesso à arte sem fazer distinção de classe social, rompendo assim com o estilo elitista comum nas escolas que a antecedeu. Essa proposta se baseia na arte como cultura, ou seja, através da arte a sociedade é traduzida (prezando pela veracidade). Nesse contexto o Homem passou a ser representado como um ser imperfeito (anti-herói), capaz de cometer erros e a partir desse comportamento nasceu o Dadaísmo, o Surrealismo e o Abstracionismo.
O apelo, muitas vezes encontrado no teatro Moderno nos remete ao Naturalismo e até hoje é erroneamente conceituado como de “baixo nível”, por abordar temas polêmicos como o adultério e a sexualidade entre outros temas cotidianos. A imoralidade é o argumento de seus críticos que não conseguem compreender que os temas citados anteriormente são acima de tudo uma crítica à imoralidade e ao mesmo tempo ao falso Moralismo da sociedade mais conservadora.


TEXTO 2:
O Teatro Medieval
liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/historia/teatro_medieval.htm - 18k

É marcante do século X ao início do século XV e tem grande influência no século XVI. A princípio são encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participam como figurantes e, mais tarde, como atores e misturam ao latim a língua falada no país. As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, são longas, podendo durar vários dias. A partir dos dramas religiosos, formam-se grupos semiprofissionais e leigos, que se apresentam na rua. Os temas ainda são religiosos, mas o texto tem tom popular e inclui situações tiradas do cotidiano. Na França, os jeux (jogos) contam histórias bíblicas.

A proibição dos mistérios pela Igreja, em 1548 já na idade moderna, tenta pôr fim à mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolida o teatro popular. Os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas de soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Seus personagens estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado nos teatros de feira.

Autores medievais - No século XII, Jean Bodel é o autor do Jogo de Adam e do Jogo de Saint Nicolas. Os miracles (milagres), como o de Notre-Dame (século XV), de Théophile Rutebeuf, contam a vida dos santos. E, nos mistérios, como o da Paixão (1450), de Arnoul Gréban, temas religiosos e profanos se misturam. A comédia é profana, entremeada de canções. O Jogo de Robin et de Marion (1272), de Adam de la Halle, é um dos precursores da ópera cômica.




RESUMO:

Com o advento do Cristianismo, o teatro não encontrou apoio e foi considerado pela igreja pagão. Desta forma, as representações teatrais foram extintas e os artistas foram desvalorizados. Ironicamente o retorno do teatro aconteceu, através da própria igreja, A princípio foram encenados dramas litúrgicos, em latim, escritos e representados por membros do clero que versavam sobre temas sagrados, extraídos da Bíblia .
Após a sua retomada, o teatro não era exibido apenas nas igrejas, as praças eram centros culturais onde as peças eram encenadas, embora as peças tivessem sempre uma atmosfera religiosa, o tema era um pouco mais livre; chamavam-se peças "profanas". No filme "O sétimo Selo" de Ingmar Bergman podemos compreender que a arte não desapareceu na idade média, apesar de definições um pouco desastrosa de "idade das trevas", ela sobrevivia na marginalidade sempre com muita sátira misturado ao sentimento de medo, comum na época, o que a torna um estilo artístico marcante.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Gabriel Osias - 2º trabalho

http://www.geocities.com/Athens/2506/teatro.html

Teatro grego

Os teatros eram auditórios ao ar livre. A hora do início do espetáculo era o amanhecer. Muitas vezes os cidadãos assistiam a 3 tragédias (que não eram vistas com pessimismo), uma tragicomédia e uma comédia. O teatro era considerado parte da educação de um grego. Em Atenas, o comércio era suspenso durante os festivais dramáticos. Os tribunais fechavam e os presos eram soltos da cadeia. O preço da entrada era dispensado para quem não pudesse pagar, e até as mulheres, que não podiam participar de quase todos os acontecimentos públicos, eram bem recebidas no teatro.

Duas formas do drama grego, a comédia e a tragédia, acabaram por dominar o teatro Dionisíaco (em homenagem a Dioniso, deus do vinho), embora as outras formas dramáticas não tivessem morrido. Em Atenas, dois festivais eram dedicados todos os anos à comédia e à tragédia. O festival Dionisíaco da cidade, em março-abril, concentrava-se na tragédia. O festival Lêneo, que tinha esse nome devido ao mês grego (janeiro-fevereiro), tradicionalmente reservado para a celebração de casamento, era dedicado principalmente à comédia.

Os teatrólogos apresentavam suas obras a um funcionário chamado arconte. Se o arconte aprovasse, a peça seria encenada. Era dado aos autores vitoriosos um corego (um cidadão rico para custear as despesas da peça). O corego escolhia então um tocador de flauta e um coro (o diretor de coro na Grécia era Téspis, que foi também ator grego a participar com dialogos) e prosseguia com a encenação. Se o corego fosse generoso, surgia uma produção opulenta. Em cada festival um júri de cidadãos julgava as peças, e os vencedores recebiam a coroa dionisíaca.

Comentários: O texto é muito sintetizado e esquece de citar dados importantes.

O autor não menciona qual a grande função das tragédias, apenas diz que o teatro fazia parte da educação, quando Para o filósofo de Estagira, a função principal da tragédia era a catarse, descrita por ele como o processo de reconhecer a si mesmo como num espelho e ao mesmo tempo se afastar do reflexo, como que "observando a sua vida" de fora.

Outro importante ponto ao qual o autor não se refere é que a comédia na Grécia Antiga sustentava-se principalmente na sátira política.

Ainda mais importante, o autor não comenta a origem do teatro grego, que segundo Aristóteles há três possibilidades. A primeira versão argumenta que a tragédia, e o teatro, nasceram das celebrações e ritos a Dionísio, o deus campestre do vinho, esta é também a versão mais aceita. A segunda versão relaciona o teatro com os Mistérios de Eleusis, uma encenação anual do ciclo da vida, isto é, do nascimento, crescimento e morte. Já A terceira concepção para o nascimento da tragédia, e a aceita por Aristóteles, é de que o teatro nasceu como homenagem ao herói dório Adrausto, que permitiu o domínio dos Dórios sobre os demais povos indo-europeus que habitavam a península. O teatro seria a dramatização pública da saga de Adrausto e seu triste fim.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

2º Resenha - Laryssa Queiroz

http://liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/historia/teatro_medieval.htm

O Teatro Medieval


É marcante do século X ao início do século XV e tem grande influência no século XVI. A princípio (a vírgula? Cadê?) são encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participam como figurantes e, mais tarde, como atores e misturam ao latim a língua falada no país. As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, são longas, podendo durar vários dias. A partir dos dramas religiosos, formam-se grupos semiprofissionais (tá, e o que seria um ator profissional na época? Será que os que atuavam, organizavam as peças e textos teatrais não eram vistos, no medievo, como atores realmente? Naquele tempo existia carteirinha de ator pra saber quem era profissional e quem era semi? Hihihi) e leigos, que se apresentam na rua. Os temas ainda são religiosos, mas o texto tem tom popular e inclui situações tiradas do cotidiano.
Na França, os jeux (jogos) contam histórias bíblicas. A proibição dos mistérios pela Igreja (oi?), em 1548 (a vírgula de novo!) já na idade moderna, tenta pôr fim à mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolida o teatro popular. Os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas de soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Seus personagens estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado nos teatros de feira.
Autores medievais - No século XII, Jean Bodel é o autor do ''Jogo de Adam'' e do ''Jogo de Saint Nicolas''. Os miracles (milagres), como o de ''Notre-Dame'' (século XV), de Théophile Rutebeuf, contam a vida dos santos. E, nos mistérios, como o da ''Paixão'' (1450), de Arnoul Gréban, temas religiosos e profanos se misturam. A comédia é profana, entremeada de canções. ''O Jogo de Robin et de Marion'' (1272), de Adam de la Halle, é um dos precursores da ópera cômica.
Espaço cênico medieval - O interior das igrejas é usado inicialmente como teatro. Quando as peças tornam-se mais elaboradas e exigem mais espaço, passam para a praça em frente à igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. (haaaaan, sei...) Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão, à esquerda, indica o inferno; e uma elevação, à direita, o paraíso. Surgem grupos populares que improvisam o palco em carroças e se deslocam de uma praça a outra.

(Agora, o texto será repetido na página do site, pois creio que o autor não tinha muito o que falar desse teatro ou sei-lá-o-que...)


É marcante do século X ao início do século XV e tem grande influência no século XVI. A princípio são encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participam como figurantes e, mais tarde, como atores e misturam ao latim a língua falada no país. As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, são longas, podendo durar vários dias. A partir dos dramas religiosos, formam-se grupos semiprofissionais e leigos, que se apresentam na rua. Os temas ainda são religiosos, mas o texto tem tom popular e inclui situações tiradas do cotidiano.
Na França, os jeux (jogos) contam histórias bíblicas. A proibição dos mistérios pela Igreja, em 1548 já na idade moderna, tenta pôr fim à mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolida o teatro popular. Os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas de soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Seus personagens estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado nos teatros de feira.
Autores medievais - No século XII, Jean Bodel é o autor do ''Jogo de Adam'' e do ''Jogo de Saint Nicolas''. Os miracles (milagres), como o de ''Notre-Dame'' (século XV), de Théophile Rutebeuf, contam a vida dos santos. E, nos mistérios, como o da ''Paixão'' (1450), de Arnoul Gréban, temas religiosos e profanos se misturam. A comédia é profana, entremeada de canções. ''O Jogo de Robin et de Marion'' (1272), de Adam de la Halle, é um dos precursores da ópera cômica.
Espaço cênico medieval - O interior das igrejas é usado inicialmente como teatro. Quando as peças tornam-se mais elaboradas e exigem mais espaço, passam para a praça em frente à igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão, à esquerda, indica o inferno; e uma elevação, à direita, o paraíso. Surgem grupos populares que improvisam o palco em carroças e se deslocam de uma praça a outra.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

2º trabalho - Augusto Vila Nova

O teatro romano

.O teatro romano teve diferentes géneros(gêneros). Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de caráter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia)(Embora o teatro romano tenha apresentado vários pontos de contato com o teatro grego, dizer que foi uma cópia não é apropriado. Embora muito se sabe que a cultura romana absorveu muito a cultura grega. Os deus romanos, por exemplo, eram os mesmos da Grécia, mudando apenas a denominação. ) . Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC), depois estrangeiros radicados em Roma e depois romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseado na História); o apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral, discursos elaborados; mesmo do ponto de vista formal existiam diferenças (na divisão em atos, no coro, etc). Com o tempo (final da república), o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, pois a concorrência dos espetáculos com mais ação (gladiadores, corridas de carros), e a criação de gêneros teatrais mais simples como as pantominas (representação de um único ator de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos e um coro) e mimos (historias também simples mas com vários actores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena), levaram ao seu quase abandono.(Vale ressaltar que o teatro romano abordou técnicas provenientes da Retórica, visando persuadir grande parte da população à aderir as ordem da administração do grande Império Romano) . No período imperial, se na parte oriental do império se continuaram a representar as peças tradicionais (sobretudo de autores da chamada nova comédia como Menandro e não Esquilo e Sophocles), no ocidente mau-grado uma tentativa de autores como Séneca de ressuscitar o gênero, o público preferia os espetáculos de mimos e pantominas (outro motivo apresentado era a dificuldade dos latinos menos instruídos de compreenderem peças complexas, e preferirem espetáculos simples e que apelassem aos sentidos). Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos gêneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou troçavam abertamente dela (como os espectáculos de mimos), levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais (representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez). A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do séc. VI (e sabe-se que Teodora a imperatriz esposa de Justiniano fora actriz de teatro). Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de membros da igreja que referem mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade. Os romanos construíram vários teatros (especificamente para representações)(Nossa, e se constrói teatro pra que?), mas na maioria dos casos nas pequenas cidades utilizavam edifícios para vários usos (anfiteatros), usando para espetáculos de gladiadores, corridas, representações.Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os atores eram normalmente escravos ou ex-escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam (os papéis femininos eram feitos por homens). Ficaram conhecidos imperadores com uma enorme paixão pelo teatro. Nero é o mais conhecido: adorava espetáculos de mimos (acabou por casar com um depois de se livrar de Pompeia) e representava ele próprio; dado o baixo estatuto dos atores (normalmente escravos ou ex-escravos, isso foi motivo de escândalo.)De se notar também, que vários imperadores apresentados como cruéis ordenavam que os( os) espetáculos se tornassem realistas: quando aparecia no guião que o personagem era morto, substituia-se o ator por um condenado à morte (existe registrado o caso de uma representação de uma peça que relatava a união entre Europa e Zeus sobre a forma de touro e uma condenada à morte foi de fato unida a um touro).