domingo, 2 de dezembro de 2007

Resumo de Paula De Barros

Teatro romano
O teatro romano teve diferentes gêneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de caráter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia). Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC), depois estrangeiras radicados em Roma e depois romanas escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseado na História); o apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral, discursos elaborados; ( lógico né?! Todo mundo sabe que a Grécia era muito mais intelectualizada do que Roma,logo a preocupação de Roma era muito maior em relação a exercito e guerras,preocupação essa que reflete no teatro, já que eles representavam a vida no palco) mesmo do ponto de vista formal existiam diferenças (na divisão em atos, no coro, etc.). Com o tempo (final da república), o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, pois a concorrência dos espetáculos com mais ação (gladiadores, corridas de carros. O teatro ainda era caracterizado pelo alto teor moral e diante de tanta opressão por parte do império,era mais interessante que o próprio império mantém -se o povo na ignorância ,no pão e circo), e a criação de gêneros teatrais mais simples como as pantomimas (representação de um único ator de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos e um coro) e mimos (historias também simples mas com vários atores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena), levaram ao seu quase abandono. No período imperial, se na parte oriental do império se continuaram a representar as peças tradicionais (sobretudo de autores da chamada nova comédia como Menandro e não Esquilo e Sophocles), no ocidente mal-grado uma tentativa de autores como Séneca de ressuscitar o gênero, o público preferia os espetáculos de mimos e pantomimas (outro motivo apresentado era a dificuldade dos latinos menos instruídos de compreenderem peças complexas, e preferirem espetáculos simples e que apelassem aos sentidos). Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos gêneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou troçavam abertamente dela (como os espetáculos de mimos), levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais (representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez). A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do séc. VI (e sabe-se que Teodora a imperatriz esposa de Justiniano fora atriz de teatro). Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de membros da igreja que referem mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade. Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os atores eram normalmente escravos ou ex-escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam (os papéis femininos eram feitos por homens que usavam mascaras representando a personalidade feminina).

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