segunda-feira, 3 de dezembro de 2007


2ª Análise de Texto
Paula Lins e Mello de Moraes Rêgo

A análise do texto a seguir deve-se às informações muito enxutas que abrem espaço à complementação guiada por outros textos, além da temática interessante e com ponto em comum às nossas aulas de teatro, quando nega um teatro com palco e distanciado do público.

Fonte: http://www.theatro.ocrocodilo.com.br/historia_seculoxx.html

ANTONIN ARTAUD e o TEATRO DA CRUELDADE


Na França, nos [sem o “nos”] anos 20, dadaístas e surrealistas contestam os valores estabelecidos. Apontam como seu precursor Alfred Jarry [não ficou claro do que ele foi precursor], que, no fim do século XIX, criou as farsas ligadas ao personagem absurdo do Pai Ubu. Antonin Artaud é o principal teórico desse movimento [“desse movimento”; nenhum movimento foi citado anteriormente]. [As frases ficaram muito soltas devido à falta de articulação entre os períodos.]

Antonin Artaud (1896-1948) nasce em Marselha, França. Ator, poeta e diretor teatral, Artaud formula o conceito de "teatro da crueldade" como aquele que procura liberar as forças inconscientes da platéia. Seu livro teórico, O teatro e seu duplo, exerce enorme influência até os dias atuais [exerce influência em quem?]. Passa os últimos dez anos de sua vida internado em diversos hospitais psiquiátricos e morre em Paris.



COMPLEMENTAÇÕES:

  • Em O Teatro e Seu Duplo o teatrólogo reafirma seu descontentamento com o teatro europeu, denunciando a perda do caráter primitivo de cerimônia e avaliando o teatro oriental como original. Ressaltando que esse manteve seu aspecto cultural milenar, sem interferência, constituído pelos temas religiosos e místicos, numa confraria que propõe, principalmente, saudar o desconhecido e constituir um universo ingênuo o qual não busque a explicação e a psicologia, como no teatro ocidental, e sim uma perspectiva pessoal a respeito do mundo;
  • Artaud era incisivo ao abordar suas concepções teatrais: “O teatro é igual à peste porque, como ela, é a manifestação, a exteriorização de um fundo de crueldade latente pelo qual se localizam num indivíduo ou numa população todas as maldosas possibilidades da alma”. Assim, surgiu o nome de sua teoria, o Teatro da Crueldade;
  • Nos anos 30, Artaud concebeu o Teatro da Crueldade; sem distância entre ator e platéia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo;
  • Ele queria devolver ao teatro o poder do contágio estabelecido pelo estado de êxtase. Pregava o uso de elementos mágicos que hipnotizassem o espectador, sem que fosse necessária a utilização de diálogos entre os personagens, e sim muita música, danças, gritos, sombras, iluminação forte e expressão corporal, que comunicariam ao público a mensagem, reproduzindo os sonhos e os mistérios da alma humana. Uma vez abolido o palco, o ritual ocuparia o centro da platéia;
  • Em vida, Artaud não conseguiu pôr em prática grande parte de suas teorias, pretensiosas demais para a época e muito paradoxais. Ele causava grande desconforto no pensamento contemporâneo e nos valores tradicionalmente aceitos como absolutos;
  • Depois da morte, passou a ser festejado como o homem que fez explodir os limites da vanguarda ocidental e que viveu, já nos anos 20, o que faria parte da contracultura ocidental na década de 60;
  • Em análises mais profundas podem-se encontrar relações entre seu trabalho e política: “Artaud quer uma revolução, quer mudanças sociais radicais. O teatro para Artaud é um meio para que estas mudanças aconteçam. Erroneamente, suas propostas são muitas vezes entendidas desconectadas de sua visão social e política. Ele, todavia, não tem em vista fins sociológicos imediatistas, nem propostas político-partidárias. Aliás, este foi um dos principais motivos de seu rompimento com os surrealistas quando estes aderiram ao comunismo.” (ARANTES: 1988: 75).

    Outras Fontes:
    http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/teatro/crueldade
    http://www.espacoacademico.com.br/031/31cscheffler.htm
    http://oficinadeteatro.com/antonin-artaud/

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