sexta-feira, 30 de novembro de 2007

SEGUNDA RESENHA - CAROLINA MELO NOBRE

TEATRO SIMBOLISTA
A exemplo do realismo (movimento artístico surgido na França, e cuja influência se estendeu a numerosos países europeus. Esta corrente aparece no momento em que ocorrem as primeiras lutas sociais, sendo também objecto de acção contra o capitalismo progressivamente mais dominador.), teve seu auge durante a segunda metade do século XIX. Além de rejeitarem os excessos românticos, os simbolistas negavam também a reprodução fotográfica dos realistas. (Como o movimento rejeita a abordagem da vida real, no palco os personagens não são humanos. Constituem a representação de idéias e sentimentos. A forte relação com os impressionistas faz com que o som, a luz, a cor e o movimento tenham destaque nas encenações.) Preferiam retratar o mundo de modo subjetivo, sugerindo mais do que descrevendo. Para eles, motivações, conflitos, caracterização psicológica e coerência na progressão dramática tinham importância relativa.Autores simbolistas - Os personagens do Pelleas e Melisande, do belga Maurice Maeterlinck (foi um dramaturgo e ensaista belga de língua francesa, e principal expoente do teatro simbolista), por exemplo, eram mais a materialização de idéias abstratas do que seres humanos reais. Escritores como Ibsen, Strindberg, Hauptmann e Yeats, que começaram como realistas, evoluíram, no fim da carreira, para o simbolismo (Do ponto de vista poético, o teatro simbolista é freqüentemente mais bem sucedido onde o verso não consegue realizar os objetivos simbolistas). Além deles, destacaram-se o italiano Gabriele d'Annunzio (A filha de Iorio), o austríaco Hugo von Hofmannsthal (A torre) e o russo Leonid Andreiev (A vida humana).Auguste Strindberg (pintor, escritor e dramaturgo sueco. Suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador (1869), Hermion (1869), O Professor Olof (1872), A Viagem de Pedro Afortunado (1882) e A Mulher do Cavaleiro Bent (1882).) (1849-1912) nasceu em Estocolmo, Suécia, e foi educado de maneira puritana. Sua vida pessoal foi atormentada. Divorciou-se três vezes e conviveu com freqüentes crises de esquizofrenia. Strindberg mostrou em suas peças - como O pai ou A defesa de um louco - um grande antagonismo em relação às mulheres. Em Para Damasco criou uma obra expressionista (movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva.) que influenciou diversos dramaturgos alemães.Espaço cênico simbolista - Os alemães Erwin Piscator ( diretor e produtor teatral alemão que, junto com Bertolt Brecht foi um dos expoentes do teatro épico, um gênero que previlegia o contexto socio-político do drama) e Max Reinhardt (produtor e diretor de teatro austríaco que se tornou famoso por suas grandes produções.) e o francês Aurélien Lugné-Poe recorreram ao palco giratório ou desmembrado em vários níveis, à projeção de slides e títulos explicativos, à utilização de rampas laterais para ampliar a cena ou de plataformas colocadas no meio da platéia. O britânico Edward Gordon Craig (Edward Gordon Craig, ator, encenador e cenógrafo inglês, foi uma das figuras mais interessantes e decisivas para a história do teatro ocidental do século XX. Foi um dos pilares do chamado simbolismo teatral.) revolucionou a iluminação usando, pela primeira vez, a luz elétrica; e o suíço Adolphe Appia reformou o espaço cênico criando cenários monumentais e estilizados.

FONTE: http://www.teatrosdecuritiba.com/coisas/hist/index.htm

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