A origem do teatro no Brasil
O teatro brasileiro teve sua origem no século XVI, em 1564, quando o Brasil passou a ser colônia de Portugal. (O Brasil passa a ser colônia de Portugal em 1500, logo após seu “descobrimento”. Desde essa época estavam sendo realizadas expedições rápidas para coleta e transporte de Pau-Brasil. Como falar que o país passa a ser colônia só em 1964?) Os padres da chamada companhia de Jesus, os Jesuítas, vieram para catequizar os índios, e com isso trouxeram suas influências culturais como a literatura e o teatro. (A chegada dos jesuítas ao país aconteceu no ano de 1549, mas um fato que confirma o enorme erro ao afirmar que o país passou a ser colônia de Portugal em 1564.) Este então foi usado como instrumento pedagógico, em princípio para a educação religiosa (Não seria a expressão mais correta: imposição religiosa?), já que os índios tinham uma tendência natural para a música e a dança, e sendo assim os Jesuítas se utilizaram de elementos da cultura indígena e perceberam no teatro o método mais eficaz como instrumento de "civilização". (O teatro jesuíta também foi usado como forma de “domesticar” os nativos para que não reagissem ao domínio português.)
Pelo fascínio da imagem representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um sermão,por exemplo. (Isto é óbvio, já que os nativos não falavam a língua portuguesa e os jesuítas, de início, não falavam a língua nativa.) Nota-se, portanto, que a origem do teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das manifestações culturais. Nessa época o Padre Anchieta (Que chegou ao Brasil com 1553, com 19 anos. Foi ele também o autor de uma gramática da língua Tupi.) era o responsável pela autoria das peças, ele escreveu alguns Autos como "Na festa de São Lourenço", (Peça trilíngüe que teve sua primeira representação na cidade de Niterói em 1583.) também conhecido como "Mistério de Jesus", e o "Auto da Pregação Universal", escrito entre 1567 e 1570, e representado em várias regiões do Brasil, por vários anos. (Os textos de Anchieta tinham muita influência da dramaturgia religiosa medieval, principalmente, de Gil Vicente, que é considerado o fundador do teatro português.)
No entanto, o principal objetivo era a catequese, por isso com esses elementos também estavam os dogmas da Igreja Católica. Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco representadas. (Realmente, a preocupação era muito mais religiosa do que artística). A opção ficava com os autos sacramentais, que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam impregnadas de características religiosas.
Até 1584 as peças eram escritas em tupi, português ou espanhol, quando então surgiu o latim. (O latim surge em 1584? Como? Se o mesmo foi a língua oficial do Império Romano que surgiu antes mesmo do nascimento de Cristo.) Os autos tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, representados por personagens de demônios, santos, imperadores e algumas vezes apenas simbolismos, como o amor ou o temor a Deus. (Existem registros de 25 obras teatrais do período.) Os atores eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios. (De todos os espetáculos da época o maior deles foi o Auto das Onze Mil Virgens, encenado em 1583, com grande participação do povo baiano. O auto era uma tragicomédia inspirada na vida de Santa Úrsula e na lenda das onze mil virgens.)
Fragmento do texto encontrado na página:
http://br.geocities.com/ideall2001/Teatroarqui/teatrobrasileiro.htm
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