sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Segunda resenha - Gustavo Malheiros

O Teatro: dos Primórdios até os Dias Atuais
O teatro na Grécia Antiga

(Retirado de http://marcosalves.arteblog.com.br/3576/Palco-do-tempo-Historia-do-teatro/)

Considerando o teatro como a arte de representar em palco, envolvendo a despersonificação do ator, então o teatro começa com Thespis (o teatro supostamente começou, então, no século VI a.C.). Sobre ele, conhece-se muito pouco; não se sabe se seria um escritor, um ator ou um sacerdote... As tragédias eram em honra do deus Dionisius, deus da fertilidade e do vinho (Thespis encenava suas obras em cima de uma carroça, com o apoio de um coro e apenas um ator. Thespis é tido como o “pai da tragédia”).

O teatro grego desenrolava-se em largos espaços, com capacidade para 20.000 pessoas e tinham a forma de anfiteatro (a arquitetura do espaço físico no qual as peças eram apresentadas mudou com o passar do tempo. Primeiramente, o local do teatro tinha forma de trapézio e era de madeira. Depois ganhou forma circular e passou a ser de pedra. A orquestra musical e o coro ficavam no centro do palco. O local de encenação dos atores ficavam um pouco mais à frente da orquestra, mais próximo do público) . As peças de teatro tinham um coro e eram a maior parte do tempo cantadas. Assim iniciava-se o diálogo, o ator perguntava e o coro respondia (igual aquele filme de Woody Allen, “Poderosa Afrodite”).

Os atores e o coro usavam máscaras. As máscaras do coro eram similares entre si, mas totalmente diferentes das dos atores. Uma vez que as peças tinham um número muito limitado de atores, diferentes máscaras significavam diferentes personagens, havendo assim um maior número de papéis (nem só as máscaras ajudavam a diferenciar as personagens. Também a cor das túnicas e os penteados auxiliavam na distinção de papéis). Os atores eram todos do sexo masculino e a máscara era necessária também para que se pudesse interpretar papéis femininos.

O drama grego foi desenvolvido e inovado por cinco escritores diferentes em 200 anos após Thespis. O primeiro deles foi Aeschylus (525 - 456 a.C.) que introduziu o conceito de um segundo ator, expandindo as possibilidades de interação de duas personagens nos dramas (é de Ésquilo uma das peças mais encenadas da Grécia Antiga: “Prometeu Acorrentado”. O autor do texto esquece de comentar outra grande inovação feita por Ésquilo: o uso de recursos ornamentais, adereços). No entanto, foi só Sófocles (496 - 406 a.C.) que introduziu um terceiro ator, reduzindo também a importância do coro e dando mais relevância à teia do drama e à interação das personagens (houve a aproximação com a forma “mais convencional” e contemporânea do teatro). Eurípides (480 - 406 a.C.) foi aquele que apurou o drama e o transformou naquilo que conhecemos hoje em dia, dando uma aproximação mais humana e realística aos seus trabalhos (existe quase duas dezenas de obras de Eurípides conservadas e conhecidas na íntegra, na atualidade).

Os dois últimos escritores foram Aristófanes (448 - 380 a.C.) e Menander (342 - 292 a.C.), que escreviam comédias, também dedicadas a Dionisius (peças de Aristófanes: “As Rãs”, “As Nuvens”, “As Aves”, “As Vespas”, “Pluto”...). No entanto, as comédias dependem sempre de um tempo e de uma época, sendo mais difícil de resistirem ao tempo do que as tragédias, que mais facilmente prevalecem, uma vez que falam de temas universais. No entanto, na época do declínio grego, houve um maior apelo para a comédia, uma vez que esta é um escape para as frustrações de uma sociedade, bem como um divertimento de massas. Encontramos aqui o papel importante que o teatro tinha na sociedade (os gregos valorizavam muito o teatro. Os concursos públicos em que se apresentavam as peças eram extremamente populares. Era comum a participação de escravos na platéia).

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