terça-feira, 20 de novembro de 2007

Segunda Resenha de Christiana Falabella

O Teatro Simbolista

Do site: http://liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/historia/teatro_simbolista.htm

Nas histórias do movimento simbolista não se deu muita atenção ao teatro que se originou dele. (durante as histórias? Aqui, o autor quis dizer “durante o período simbolista”, provavelmente.) Embora existam vários estudos, todos eles abordam o tema do ponto de vista do desenvolvimento teatral em vez do poético, e dentro de limites nacionais em lugar da vantajosa perspectiva não-nacionalista. (considerando estudos sobre o teatro simbolista, não seria natural que os mesmos se focassem no desenvolvimento teatral?) Foi a estrutura dramática um dos sucessos mais verdadeiros e duradouros que o movimento simbolista criou para a poesia, estrutura que ia além do verso esotérico e íntimo. (na verdade, a maioria dos críticos concorda que a característica mais marcante do simbolismo foram justamente o esoterismo e as grandes metáforas, sendo o drama apenas algo secundário.) As mutações que o simbolismo realizou na escritura do verso nada são, com efeito, quando comparadas aos assaltos feitos à forma dramática. Todavia, o irônico é que não foi a vais das platéias nem a zombaria dos jornalistas, mas os comentários eruditos e lógicos dos especialistas de teatro, que tentaram censurar e por fim demolir o teatro simbolista. (Isso é verdade: tanto como ramo literário como veia do teatro, o simbolismo sempre foi muito polêmico entre os literatos, sendo que eles geralmente ou o odiavam ou o defendiam com a vida.).

Três são os maiores defeitos do teatro simbolista:

* Nenhuma caracterização e nenhuma oportunidade de interpretação.

*Falta de crise ou conflito (A morte resolve tudo independentemente de nós)
* Este tipo de teatro não continha ideologia (Coisa muito comum agora mas naquele momento histórico isso representava uma falha enorme.)

(além da onipotência do autor, que julga com uma prepotência surpreendente, o que ele aponta como “defeitos” não são nada mais que características particulares desse tipo de teatro.)

Do ponto de vista poético, o teatro simbolista é freqüentemente mais bem sucedido onde o verso não consegue realizar os objetivos simbolistas. (se os próprios versos simbolistas não alcançam seu objetivo, por que o teatro, que segundo o autor anteriormente, é inferior e desprovido de conteúdo, haveria de alcançar?).

No simbolismo - como na filosofia de Schopenhauer, com a qual tem grande afinidade - são mais uma vez as forças exteriores que escapam ao controle da vontade do homem e o colocam entre a vida e a morte, dois pólos da origem misteriosa, inexplicáveis para ele e controlados pelo acaso. Também o tempo é um elemento que está além do controle humano. O caráter determinista e não providenciais das forças exteriores retira do homem a noção de propósito, objetivo e vontade, o significado de qualquer "coup de dés" que se queria tentar. Tanto o simbolismo quanto o naturalismo são, neste sentido, materialistas. (É verdade – o teatro simbolista trata, principalmente, da excitação da imaginação, da comunicação não-racional e da condução a uma visão subjetiva.).

Um comentário:

Monique disse...

Chris! É você! O google me trouxe até aqui! xD
O comentário em laranja é seu?
Interessante essa resenha!
(Vem cá, eu podia comentar aqui? :O)