O teatro na Grécia Antiga
Trabalho I
- Texto extraído do site: http://marcosalves.arteblog.com.br/3576/Palco-do-tempo-Historia-do-teatro
Considerando o teatro como a arte de representar em palco, envolvendo a despersonificação do ator, então o teatro começa com Thespis. Sobre ele, conhece-se muito pouco; não se sabe se seria um escritor, um ator ou um sacerdote...As tragédias eram em honra do deus Dionisius, deus da fertilidade e do vinho.
O teatro grego desenrolava-se em largos espaços, com capacidade para 20.000 pessoas e tinham a forma de anfiteatro. As peças de teatro tinham um coro e eram a maior parte do tempo cantadas. Assim iniciava-se o diálogo, o ator perguntava e o coro respondia.
Os atores e o coro usavam máscaras. As máscaras do coro eram similares entre si, mas totalmente diferentes das dos atores. Uma vez que as peças tinham um número muito limitado de atores, diferentes máscaras significavam diferentes personagens, havendo assim um maior número de papéis. Os atores eram todos do sexo masculino e a máscara era necessária também para que se pudesse interpretar papéis femininos.
O drama grego foi desenvolvido e inovado por cinco escritores diferentes em 200 anos após Thespis. O primeiro deles foi Aeschylus (525 - 456 a.C.) que introduziu o conceito de um segundo ator, expandindo as possibilidades de interação de duas personagens nos dramas. No entanto, foi só Sófocles (496 - 406 a.C.) que introduziu um terceiro ator, reduzindo também a importância do coro e dando mais relevância à teia do drama e à interação das personagens. Eurípides (480 - 406 a.C.) foi aquele que apurou o drama e o transformou naquilo que conhecemos hoje em dia, dando uma aproximação mais humana e realística aos seus trabalhos.
Os dois últimos escritores foram Aristófanes (448 - 380 a.C.) e Menander (342 - 292 a.C.), que escreviam comédias, também dedicadas a Dionisius. No entanto, as comédias dependem sempre de um tempo e de uma época, sendo mais difícil de resistirem ao tempo do que as tragédias, que mais facilmente prevalecem, uma vez que falam de temas universais.No entanto, na época do declínio grego, houve um maior apelo para a comédia, uma vez que esta é um escape para as frustrações de uma sociedade, bem como um divertimento de massas. Encontramos aqui o papel importante que o teatro tinha na sociedade.
- Comentários:
- A afirmação absoluta de que o teatro, na concepção especificada no texto, teve inicio com Thespis (Téspis), é infeliz, pois desconsidera importantes comentários sobre a evolução dessa manifestação; desde que na pré-história se compreende haver indícios de expressões teatrais ritualísticas, até que na própria Grécia, a expressão artística que precede essa concepção de teatro explicitada na introdução do texto, seria o culto a Dionisius (Dionísio) - deus dos ciclos vitais, do vinho e do êxtase. E, ainda, que esse culto acontecia, inicialmente, por meio de procissões nas quais coros (ditirambos) com canções e danças, entoavam a homenagem ao deus.
- Fica vaga, também, a explicação sobre como o teatro “começou” com Téspis. Bom, a explicação mais recorrente para essa afirmação me parece folclórica: Téspis, integrante de um dos coros, teria construído o primeiro sentido de atuar num impulso maravilhoso, pelo qual subiu na sua carroça – numa pedra, mesa ou tamborete de madeira, que seja – e simulou ser o deus Dionísio, dirigindo-se ao coro.
- A respeito do que é tragédia e de sua origem, nada é esclarecido. Há, contanto, extrema importância em deixar claras essas questões por haverem várias versões. Segundo Aristóteles, existem três possibilidades para o surgimento da tragédia, a mais aceita seria que por derivar do termo "tragoidía" ("trágos" = bode + "oidé" = canto), que significa canto ao bode - uma lenda muito difundida contava que uma das últimas metamorfoses de Dionísio, para fugir dos titãs, teria sido em bode - o termo se referiria ao sacrifício de bodes e às outras manifestações em homenagem ao deus do vinho.
- A respeito da estrutura dos teatros gregos, vale ressaltar que eram projetados para proporcionar boa visão e audição das interpretações para todo o público.
- O autor do texto não menciona nenhuma tragédia ou comédia e nem o que escreveram os autores de teatro da Grécia Antiga. Esquece também de mencionar a comédia como não somente escape e diversão, mas importante forma de crítica social, que diferentemente das tragédias - nas quais, através de seus heróis, os autores incitavam a reflexão do público sobre seus problemas -, falava dos homens comuns e por isso era considerada um gênero literário menor, tendo a mesma origem nas celebrações dionisíacas.
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