Resenha de Daniele Araujo Freitas
“O teatro é uma das mais antigas expressões artísticas do Homem, que sempre lhe dedicou espaços arquitectónicos (arquitetônicos) notáveis, principalmente na Época Clássica e, depois, no Renascimento, até atualmete. Pode ter nascido já no III milênio a.C., no Antigo Egipto (Egito), com as celebrações em torno dos momentos marcantes da figura do faraó, principalmente naquilo que o divinizava ou fazia dele senhor das suas terras e súditos. Esta sacralidade vigorará na Antiguidade Clássica, quando se representavam as façanhas dos deuses, como Dioniso, ou tragédias e episódios da criação do Homem e do mundo. Recorde-se que o termo teatro para os Gregos, como para os Romanos, designava o espaço cênico e o espaço da assistência o conjunto arquitectónico (arquitetônico) onde se desenrolariam gêneros como o drama ou tragédia, a comédia, os enredos, etc.
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Com a queda do Império Romano, o teatro desapareceu até perto do ano mil, altura em que surgiram os jograis itinerantes com as suas canções e enredos cómicos e satíricos. Na a Idade Média (principalmente do século X ao início do século XV) o teatro religioso foi marcante, tendo tido a sua origem nos dramas litúrgicos em Latim, que eram talvez representados nas escolas catedralícias ou monásticas por mestres e estudantes. (A princípio, eram escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participaram, inicialmente, como figurantes e misturam ao latim a língua falada no país. Apesar de ser tirado dos dramas religiosos, o texto possui um tom popular e situações tiradas do cotidiano). Os clérigos, nas grandes festas religiosas, representavam estes dramas nos santuários, o que é assinalado desde o século XI na Alemanha, França e Inglaterra. (O interior das igrejas é usado como teatro, porém quando as peças tornam-se mais elaboradas e exigem mais espaço passam a ser encenadas em frente à Igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão à esquerda indica o inferno; e uma elevação à direita, o paraíso). O século XI trará as línguas vulgares e o profano ao teatro medieval, nos adros das igrejas com atores laicos a representar. Estamos no tempo dos mistérios (temas do Antigo ou Novo Testamentos), dos milagres (das vidas de santos), dos autos, das moralidades (os temas mais recorrentes eram a morte, o desejo e a fé), dramas onde muitas vezes surgiram temas escatológicos e milenaristas (por exemplo, o Jogo do Anticristo, da Baviera do século XI, ou Esposo, drama francês do século XII). Recordam-se nomes como os do francês do século XV, Arnoul Gréban (o seu Mistério da Paixão demorava quatro dias a representar e tinha mais 35 000 versos!), ou de Duzentos, e também de Rutebeuf (milagre de Nortre Dame – Século XV), com o seu Milagre de Teófilo. A Idade Média também tinha "teatro" cômico, com as farsas (Com a consolidação do teatro popular, os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas soties, com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a do Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Os personagens são estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado no teatro de feira). Em Portugal, surgiu, em finais do século XV e meados da centúria seguinte, o teatro de Gil Vicente (Os temas pastoris vão influenciar fortemente a sua primeira fase de produção teatral. Retrata, com refinada comicidade, a sociedade portuguesa do século XVI, demonstrando uma capacidade acutilante de observação ao traçar o perfil psicológico das personagens. Crítico severo dos costumes. Como aspectos positivos das suas peças, destacam-se: a imaginação e originalidade evidenciadas, o sentido dramático e o conhecimento dos aspectos relacionados com a problemática do teatro) de gosto medieval mas, de certa forma, de temática profana já renascentista...”
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Com a queda do Império Romano, o teatro desapareceu até perto do ano mil, altura em que surgiram os jograis itinerantes com as suas canções e enredos cómicos e satíricos. Na a Idade Média (principalmente do século X ao início do século XV) o teatro religioso foi marcante, tendo tido a sua origem nos dramas litúrgicos em Latim, que eram talvez representados nas escolas catedralícias ou monásticas por mestres e estudantes. (A princípio, eram escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participaram, inicialmente, como figurantes e misturam ao latim a língua falada no país. Apesar de ser tirado dos dramas religiosos, o texto possui um tom popular e situações tiradas do cotidiano). Os clérigos, nas grandes festas religiosas, representavam estes dramas nos santuários, o que é assinalado desde o século XI na Alemanha, França e Inglaterra. (O interior das igrejas é usado como teatro, porém quando as peças tornam-se mais elaboradas e exigem mais espaço passam a ser encenadas em frente à Igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão à esquerda indica o inferno; e uma elevação à direita, o paraíso). O século XI trará as línguas vulgares e o profano ao teatro medieval, nos adros das igrejas com atores laicos a representar. Estamos no tempo dos mistérios (temas do Antigo ou Novo Testamentos), dos milagres (das vidas de santos), dos autos, das moralidades (os temas mais recorrentes eram a morte, o desejo e a fé), dramas onde muitas vezes surgiram temas escatológicos e milenaristas (por exemplo, o Jogo do Anticristo, da Baviera do século XI, ou Esposo, drama francês do século XII). Recordam-se nomes como os do francês do século XV, Arnoul Gréban (o seu Mistério da Paixão demorava quatro dias a representar e tinha mais 35 000 versos!), ou de Duzentos, e também de Rutebeuf (milagre de Nortre Dame – Século XV), com o seu Milagre de Teófilo. A Idade Média também tinha "teatro" cômico, com as farsas (Com a consolidação do teatro popular, os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas soties, com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a do Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Os personagens são estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado no teatro de feira). Em Portugal, surgiu, em finais do século XV e meados da centúria seguinte, o teatro de Gil Vicente (Os temas pastoris vão influenciar fortemente a sua primeira fase de produção teatral. Retrata, com refinada comicidade, a sociedade portuguesa do século XVI, demonstrando uma capacidade acutilante de observação ao traçar o perfil psicológico das personagens. Crítico severo dos costumes. Como aspectos positivos das suas peças, destacam-se: a imaginação e originalidade evidenciadas, o sentido dramático e o conhecimento dos aspectos relacionados com a problemática do teatro) de gosto medieval mas, de certa forma, de temática profana já renascentista...”
Texto retirado de http://www.infopedia.pt/$historia-do-teatro
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